Flávio Dino tem até o dia 6 de maio para explicar “farra de capelães” ao MPE

quinta-feira, 3 de maio de 2018



Partidos políticos, associações de cabos, soldados e oficiais da Polícia Militar devem se manifestar antes mesmo das convenções partidárias sobre o abuso do governador Flávio Dino (PCdoB) na distribuição de cargos de capelães religiosos no seu sistema de segurança.

Dirigentes dessas associações – assim como representantes de igrejas históricas, como a Batista –  condenaram a prática do comunista, em reportagem da TV Mirante reproduzida desde ontem pelos principais jornais da Rede Globo.

A matéria da Mirante mostra um vídeo – durante encontro com os capelães e políticos que os indicam – em que o próprio Flávio Dino deixa claro o caráter eleitoreiro destas nomeações.

Quero saudar muito especialmente aqueles que me acompanham nesse importante evento; cumprimentar o Gildenemi, que tá ali, meu amigo, fez a minha campanha de 2014 doente, muito grave; nossa amiga Eliziane pediu e ele chegou pálido, magrinho. Eu disse; ‘esse homem não vai dar conta de fazer campanha, mas a fé é realmente poderosa; ele deu conta de fazer a campanha e hoje ele tá aí corado e forte, pronto para outra campanha afirmou o governador, numa das mais contundentes confissões de culpa de crime eleitoral já registrada no Maranhão.

São vagas de oficiais em troca de apoio político, sobretudo entre líderes religiosos das várias correntes da Assembleia de Deus.

Em outro trecho do vídeo – já anexado às denúncias encaminhadas à Justiça Eleitoral – Flávio Dino revela a razão do encontro: criar novas vagas de capelães, sob a orientação de políticos ligados à Assembleia de Deus.

Quando eu cheguei ao governo, os capelães eram apenas 14; hoje são 50. E nós vamos criar, anuncio aqui em primeira mão, mais 10 vagas. O pastor Porto está cuidando disso. Porque eu criei as vagas dos Bombeiros, criamos da penitenciária, mas faltou o da Polícia Civil confessou Dino.

A farra dos capelães vem sendo denunciada neste blog desde 2016, quando Dino começou a prática, em troca de apoio nas igrejas evangélicas. (Relembre aqui, aqui e aqui)
De lá para cá, foram mais de 50 nomeações, sem concurso, para postos de oficiais que vão de tenente a coronel, sem nenhum curso preparatório na Academia de Polícia Militar.
Todas as nomeações foram catalogadas pelo PRP e estão sendo catalogadas também por associações policiais e outros partidos políticos.

Elas vão embasar ações eleitorais por abuso de poder e compra de votos.

.Agora atestadas pela própria confissão de Flávio Dino…
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