Além de um claro revés de ordem política para o governo Flávio Dino (PCdoB), a decisão do ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo normas do Maranhão que deram subsídio à chamada “farra de capelães”, é também uma vitória pessoal da advogada Anna Graziella Neiva.
Representante da defesa da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) numa ação que trata do tema na Justiça Eleitoral foi ela quem levantou a tese da “farra” e, mais do que isso, quem insistiu no tema mesmo quando muitos aliados da emedebista já não acreditavam em qualquer possibilidade de êxito.
O triunfo é ainda mais considerável porque, no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) a tese vinha sendo sucessivamente derrotada – desde um mandado de segurança do vice-governador, Carlos Brandão (Republicanos), impedindo oitiva de capelães (reveja), passando pela retirada do senador Weverton Rocha (PDT) do pólo passivo do caso (saiba mais), até a rejeição da ação em plenário (releia).
A defensora, contudo, segue convencida de que há problemas com o excesso de nomeações de capelães no governo, e, por isso, protocolou uma série de recursos e embargos contras as decisões já prolatadas.
E foi justamente por tanto insistir no assunto, que a advogada Anna Graziella Neiva acabou também “premiada” com a decisão de ontem do ministro Nunes Marques.
É a comprovação – ainda que liminar, por assim dizer – de que, apesar dos reveses iniciais, existe fundamento na tese levantada. Agora com confirmação de um membro da mais alta corte do país.
Deu no blog do Gilberto Léda