O delegado Praxísteles Martins informou nesta quarta-feira (27) que o inquérito do caso da jovem Carina Sousa Silva, de 24 anos, foi concluído e não resta qualquer dúvida da autoria e materialidade do crime.
As investigações começaram na manhã do dia 20 de janeiro, sob o comando do delegado Gustavo Tavares, da Delegacia de Homicídios de Imperatriz, quando o corpo da universitária foi encontrado despido, às margens da BR-010. Ela saiu de casa na noite anterior e disse aos pais que iria se encontrar com um amigo, mas na verdade tinha um encontro marcado com Emerson Vieira Correa, que ela conheceu por meio de um aplicativo de celular e mantinha um relacionamento.
A jovem morreu com golpes de marreta na cabeça. O suspeito confessou o crime e se apresentou acompanhando de um advogado uma semana após o assassinato, mas já havia um pedido de prisão temporária contra ele, que esta semana foi convertida em prisão preventiva.
Carina foi assassinada na casa em que Emerson morava, no Parque das Palmeiras, depois que ele participou de um ritual de uma seita. Ele alegou ter sofrido um surto psicótico, mas a polícia diz que o crime foi planejado.
“Um crime que chocou Imperatriz e o estado inteiro e não temos dúvida que ele tenha premeditado. O Emerson pediu que ela não dissesse o nome dele aos pais dela, mas que iria sair com um amigo da faculdade, apagou vestígios, queimou a roupa que Carina usava, isso foi comprovado pela perícia, se desfez do celular da vítima e ainda abandonou o corpo em um local distante, o que nos leva a crer que foi um crime premeditado. Entre os qualificadores desse homicídio está o motivo torpe, sem chance de defesa para a jovem, e ainda se enquadra como um caso de feminicídio”, afirmou o delgado Praxísteles Martins.
O inquérito com mais de 200 páginas, onde 10 testemunhas foram ouvidas, agora será enviado para apreciação do Ministério Público, que deve oferecer denúncia à Justiça.