
Segundo o comunista, o problema é a proximidade das eleições, o que poderia gerar prejuízos políticos – a tese é basicamente a mesma que fez, segundo a oposição, o governador Flávio Dino (PCdoB) parar a apreensão de motos e carros em todo o estado.
“Não me faça mais um negócio desses numa época dessa. Nós estamos a uma semana de uma eleição”, reclamou.
O PM, identificado como Sargento Roberto, reagiu.
“Não tem tempo para eu fazer esse tipo de serviço. Eu posso fazer até no dia da eleição. Eu não aceito o senhor, como prefeito da cidade, querer me determinar”, declarou o militar.
Sidney Pereira, então, faz uma ameaça velada.
“Faz o teu serviço da forma como você tá achando pra ver se você consegue andar em Anajatuba”, afirmou.
“Eu posso fazer uma representação. O senhor está me ameaçando. Eu sou um policial militar. Eu ando de peito aberto em Anajatuba”, retrucou.
“Eu vou terminar meu serviço aqui e eu vou andar na rua e eu quero ver quem é o macho [ininteligível]. Eu ando armado”, completou.
Veja o vídeo abaixo parte da discussão:
PERSEGUIÇÃO AO SARGENTO
Parece brincadeira, mas não é.
Depois de reagir uma tentativa do prefeito de Anajatuba, Sidney Pereira (PCdoB), de interferir no seu trabalho (saiba mais), o sargento José Roberto Gonçalves Alves terá a conduta apurada pelo comando da Polícia Militar do Maranhão.
Isso mesmo!
Não será o prefeito o investigado, mas o militar que se negou a cumprir ordens do gestor municipal.
Em nota emitida ontem (4), a PMMA informou que será aberta uma sindicância.
José Roberto Alves já entregou o cargo de Comandante da 4ª Companhia do 28° Batalhão da Polícia Militar, em Anajatuba.
Veja abaixo a nota da PM:
A Polícia Militar do Maranhão informa que será instaurada uma sindicância para apurar a conduta do sargento José Roberto Gonçalves Alves, no município de Anajatuba, frente às normas e regulamentos da corporação. O sargento foi chamado para a sede do Batalhão, que fica em Itapecuru Mirim, a fim de dar os devidos esclarecimentos.
No cumprimento de suas funções institucionais, cabe ao Comando zelar para que nenhuma ação policial vise interferir no processo eleitoral, nem a favor nem contra qualquer candidato.