Se os processos eleitorais enfrentados pelo governador Flávio Dino (PCdoB) por causa do abuso na nomeação de capelães religiosos tivessem que passar pelo seu irmão, procurador Nicolao Dino, o comunista estaria ferrado.
Nicolao é autor de um parecer que classifica de “abuso do poder religioso” o uso de estruturas e lideranças de igrejas em campanhas eleitorais.
– A liberdade religiosa não permite que lideranças clericais comprometam a normalidade e a legitimidade das eleições, notadamente quando buscam amparo na autoridade espiritual para subjugar fiéis, captando-lhes o livre exercício do voto ou transformando-os em cabos eleitorais –observou o procurador.
A manifestação de Nicolao Dino se deu em um processo eleitoral contra o atual prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, em processo que corre no TSE desde as eleições de 2014.
Para o então vice-procurador eleitoral, a situação “tem gravidade suficiente para interferir na normalidade e legitimidade do pleito, diante da comprovação do direcionamento da estrutura da Igreja Universal do Reino de Deus em proveito da candidatura de Crivella”.
O irmão de Nicolao, Flávio Dino, foi denunciado pelo PRP por usar instituições como a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros para abrigar pastores indicados por lideranças evangélicas em postos de capelães.
Em um documento de 42 páginas, com farta documentação, o PRP sustenta que o comunista cometeu crime eleitoral ao trocar cargos nas estruturas do estado por apoio das igrejas evangélicas.
O caso deve ser analisado pelo TRE maranhense e, fatalmente, chegará ao TSE.
O procurador Nicolao Dino não mais atua como procurador eleitoral…
Com informações de O EstadoMaranhão