Em poucos dias, a guerra aberta pelo prefeito Assis Ramos, PMDB, contra os terrenos baldios transformados em depósitos de lixo, na Rua Maranhão, imediações dos cruzamentos com as ruas Bom Futuro, Rui Barbosa e Gonçalves Dias, mudou o panorama do setor: dezenas desses terrenos estão sendo murados, o mercado da construção civil se aqueceu e gerou dezenas de empregos temporários, a prefeitura já abriu as ruas que não existiam, os imóveis se valorizaram e as pessoas ganharam em qualidade de vida.
“Isso aqui era um inferno, muitas doenças trazidas pelos insetos e pelos ratos. Ladrões e estupradores faziam ponto aí. Uma porção de casas desocupadas porque ninguém queria mais morar por aqui. Foi só a gente ter quem se fizesse respeitar como autoridade e essa baderna teve um fim. Deus ajude que permaneça assim”- comemora dona Ana Carla Assumpção, 53, moradora do setor.
A mesma moradora disse que por diversas vezes foi ameaçada de morte por carroceiros e motoristas de caminhões que iam jogar lixo, restos de construção e até animais mortos ali. “A gente ia reclamar e eles puxavam a faca. Isso aqui era terra de ninguém. Agora tem quem mande”- disse.
Ontem, pela manhã, um rápido levantamento mostrou que 87 pedreiros e ajudantes de pedreiros trabalhavam em 12 frentes de serviço, levantando muros. O Maior dos terrenos, pretendente a uma universidade particular, ainda não foi mexido porque as obras de construção do campus para onde se transferirão os cursos já vão se iniciar.
Os imóveis voltaram a despertar interesse para venda e aluguel, pelo ordenamento imposto pela prefeitura e pela chegada da universidade. “Estamos praticamente no quintal do Centro de Convenções da cidade e não tínhamos valor nenhum. Estou ha dois anos com essa casa fechada. Hoje já estudo duas propostas para aluguel”- informa Paulo Ataíde Costa, que ontem fazia reparos no seu prédio de dois pisos, na Rua Maranhão.
O prefeito Assis Ramos garante que o mesmo procedimento se dará por toda a zona urbana de Imperatriz. O secretário de Planejamento Urbano, Fidélis Uchoa, disse que “quem tiver seu terreno, que trate de murá-lo e fazer calçada. O prefeito já determinou que se aplique a lei e o procedimento é a desapropriação a bem do serviço público”- informou