A disputa pela prefeitura de Imperatriz nos bastidores está acirrada dentro do grupo do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que tentará até o último instante lançar uma candidatura própria, descumprindo um acordo com o PDT e a pré-candidata, Rosângela Curado.
A cúpula do PDT tinha um acordo com o PCdoB de Flávio Dino, em apoiar a pré-candidatura de Rosângela em 2016, em troca do apoio nas eleições de 2014 ao candidato comunista, que venceu as eleições e após tomar posse tudo mudou...
A cúpula do PCdoB, logo lançou a pré-candidatura do secretário de infraestrutura, Clayton Noleto, em contra ponto a pedetista, mas durou poucos dias a tentativa comunista e Clayton foi rifado pelo próprio governador.
Com passar dos dias, a chama do "fogo amigo" ganha maiores proporções e termina com a exoneração de Rosângela do governo comunista, que logo após assumiu o mandato de deputada federal por 120 dias com a licença do também pedetista Weverton Rocha.
De lá, pra cá, a pedetista buscou fortalecer seu nome e sua pré-candidatura a prefeita de Imperatriz, enquanto os comunistas iniciavam o "lançamento" do deputado estadual, Marco Aurélio (PCdoB), como pré-candidato até hoje admitida apenas por aliados comunistas e nunca pelo deputado.
Alguns comunistas tem manifestado interesse em unir os partidos de base que levou o governador comunista a vitória em 2014, que essa união seja feita também em 2016 na cidade de Imperatriz.
Mas, essa união só será possível em torno do nome da pedetista Rosângela Curado que está em campanha desde 2011, quando iniciou o projeto de ser prefeita de Imperatriz, pelo simples motivo de ter um nome consolidado e o apoio de oito partidos que defendem a candidatura da mulher até o momento.
Já do lado comunista, a inviabilidade dessa união é clara por vários motivos, o primeiro deles é que a pré-candidatura da pedetista é irreversível, conforme anunciou toda cúpula do PDT municipal, estadual e nacional.
Além de que oito partidos já defendem o nome de Rosângela e deverão formar uma coligação, podendo ainda receber apoio de outros partidos.
Outro fato que pesa contra os comunistas é o PSDB, cujo o vice governador pertence ao partido.
O prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, defende a aliança com PCdoB, que deve lançar o deputado Marco Aurélio. O grande problema é que os tucanos defendem uma candidatura própria e o pré-candidato tucano, Daniel Souza, não aceita uma composição com os comunistas, ameaçando a romper politicamente com prefeito, caso se concretize o acordo.
Já a ordem do nacional do PSDB é uma candidatura própria, os tucanos de alta plumagem não aceitam alianças com partidos da base de Dilma, como PT e PCdoB, o que deverá dificultar a aliança entre tucanos e comunistas em Imperatriz.
Um descumprimento de Madeira poderá lhe custar o comando do PSDB em Imperatriz, que já não é mais diretório e sim uma comissão provisória. Diante da fragilidade e do risco dificilmente o prefeito irá contrapor o projeto nacional do partido e o seu futuro político, já que sonha em ser senador.
E os comunistas por sua vez não querem abrir mão de uma candidatura própria a prefeitura de Imperatriz, muitos deles ver como momento único a oportunidade de chegar ao comando municipal, já que contam com apoio da "maquina" estadual.
São fatos como esses que nos leva a crer que é improvável a união da base do governador em torno de um só nome em Imperatriz.
Hoje seria mais provável uma aliança do PSDB com PMDB, que hoje são aliados na esfera federal, no Governo Temer, mas essa é uma outra história...
