Cansados de esperar pelas investigações, cerca de 15 pessoas que foram vítimas do golpe dos imóveis vendidos na planta, em Imperatriz, protestaram na porta da Delegacia Regional para pedir celeridade nas investigações.
De acordo com a Polícia Civil, cerca de 300 pessoas foram vítimas do golpe na cidade. Os imóveis seriam construídos em dois terrenos, um localizado no bairro Brasil Novo, e o outro na avenida Pedro Neiva de Santana.
As vítimas dizem que as vendas foram realizadas durante todo o ano de 2014, mas em janeiro deste ano, os compradores desconfiaram da demora na entrega dos bens e acionaram a Justiça.
O delegado regional, Eduardo Galvão, explicou que as investigações estão em andamento, mas devido ao grande número de vítimas devem demorar um pouco, já que para concluir o inquérito todas os clientes lesados pelos golpistas devem ser ouvidos.
Elaíne Cristina foi uma das vítimas. Ela está revoltada, entregou todas as economias aos supostos corretores, na esperança de realizar o sonho da casa própria. “Foi um sonho deturpado, não era só uma casa, era um sonho”, desabafa Elaíne.
O caso
Os imóveis eram oferecidos às vítimas pelo valor de RS 100 mil, a entrada custava R$ 5 mil, e restante seria dividido em até 25 anos, em parcelas no valor de R$ 500. De acordo com o delegado Eduardo Galvão, os clientes eram levados aos terrenos, que foram demarcados pelos golpistas. O que passava credibilidade, mas na verdade os terrenos não pertenciam aos corretores. Ninguém foi preso até agora.