Os
representantes do governo na Assembleia Legislativa já deixaram claro os
motivos pelos quais não querem instalada a CPI da Agiotagem, proposta pelo
deputado Raimundo Cutrim (PSD): para o governo, dizem parlamentares, seria
prejudicial por que poderia atingir prefeitos aliados.
Mesmo assim, Cutrim já conseguiu 11 assinaturas, faltando apenas
três para garantir a instalação da comissão. Para viabilizar seu documento, ele
conta com a parte da bancada da oposição, que está protelando as assinaturas
desde a semana passada.
Os deputados de oposição que ainda não assinaram temem, por
exemplo, que a população venha a saber das relações de Telmo Mendes Júnior, o
Telminho, com a campanha de Edivaldo Holanda Júnior (PTC).
Os deputados da oposição que resistem à CPI da Agiotagem estão com
medo de ter que explicar por que a mulher do advogado Ronaldo Ribeiro estava
lotada na Prefeitura de Caxias até o ano passado.
Também
temem que a CPI da Agiotagem acabe por alcançar a relação entre o deputado
Marcos Caldas (PRB), o prefeito Edivaldo Júnior (PTC) e um projeto milionário
de aproveitamento do lixo orgânico em São Luís.
Mas os oposicionistas temem, principalmente, que voltem à tona as
relações do chefão do comunismo, Flávio Dino, com o empresário Dedé Macedo,
apontado como agiota e financiador de sua campanha desde 2006.
Macêdo cedeu também mais de duas dezenas de carros-de-som à
campanha de Holandinha em 2012.
É bom deixar claro que alguns deputados da oposição assinaram a
CPI – Rubens Júnior (PCdoB), Cleide Coutinho (PSB), Eliziane Gama (MD),
Gardeninha Castelo e Neto Evangelista (ambos do PSDB).
O fizeram, claro, quando as chances de instalação eram mínimas.
Agora, que só faltam três assinaturas para que a investigação
comece, os deputados Marcelo Tavares (PSB), Valéria Macêdo (PDT), Othelino Neto
(PPS), Carlinhos Amorim (PDT) resistem a assinar o documento.
E as razões dele são estas elencadas acima.
Simples assim…
Fonte: Marco D'eça