Ivanildo Júnior (acima), Antonio Ribeiro Abreu (esquerda) Smailly Araújo (centro) e Claudio Ferreira, o "Claudinho" (direita). |
Na próxima
terça-feira (24), os ex-policiais militares Smailly Araújo Carvalho da Silva e
Antônio Ribeiro Abreu sentaram no banco dos réus. A dupla será julgada pelo
assassinato do estudante Ivanildo Barbosa de Paiva Júnior.
Os
acusados podem pegar a pena máxima pelo crime que chocou a população de
Imperatriz e que teve uma grande repercussão m todo o Maranhão. O crime ocorreu
no dia 13 de setembro de 2008.
O julgamento ocorrerá no Fórum Henrique
De La Roque Almeida, localizado no centro da cidade de Imperatriz. Diante da
crueldade do crime e a grande repercussão do caso à época, a expectativa é que
muitas pessoas se dirigirão ao Fórum para acompanharem o julgamento, que deverá
durar cerca de dois dias.
Os dois acusados do crime estão em São Luís, e só
deverão ser transferidos para Imperatriz amanhã, segunda-feira (23). O local
onde eles ficarão está sendo mantido em sigilo por medida de segurança.
O 3º BPM, preparou um forte esquema de segurança |
A polícia militar, através do 3º BPM, preparou um
esquema de segurança para ser aplicado durante o julgamento. O trabalho será
iniciado a partir do transporte dos acusados até o local do julgamento.
De acordo com o processo os ex-policiais Antonio
Ribeiro Abreu e Smailly Araújo Carvalho da Silva, que estavam de serviço, foram
flagrados abordando Ivanildo Paiva Barbosa Júnior, 19 anos, em via pública no
centro de Imperatriz, após sair de uma festa por volta das 5h30min, do dia 13
de setembro de 2008.
Após esse fato a vítima, que teria sido colocada no
porta malas do próprio veículo, e não mais foi visto. O corpo do
estudante foi encontrado após oito dias do seu desaparecimento.
O corpo de Ivanildo foi encontrado, enterrado numa
cova rasa, na Estrada do Arroz (que interliga Imperatriz e Cidelândia), com
sinais de tortura e um tiro na boca.
Após a elucidação do crime, os policias que estão
presos foram expulsos da instituição um ano após a morte do estudante. De
acordo com o processo, os acusados respondem por sequestro, cárcere privado,
homicídio e ocultação de cadáver.
Claudiomar Ferreira Santos, o “Claudinho”,
monitorou a vítima até ela ser seqüestrada, ele também acompanhou a tortura e a
execução. Ele foi julgada em 2009, e condenada a mais de 18 anos de prisão.
O assassinato de Ivanildo Júnior foi um dos de
maior repercussão em Imperatriz, principalmente pela violência utilizada pelos
autores.
Apesar da tese de que o caso teria sido resultado
de uma tentativa de extorsão, a hipótese de o crime ter sido encomendado nunca
foi descartada. Porém o suspeito de ser o suposto mandante nunca foi declinado.