![]() |
Lobão X Dino: o confronto dos sonhos reinaldistas
|
O ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) quer o ministro Edison Lobão
(PMDB) como adversário de seu afilhado, Flávio Dino (PCdoB), nas eleições de
2014.
Esperto, Tavares sabe que o pleito de daqui a dois anos terá as mesmas
características da eleição municipal, em que o eleitor confrontará o passado
com o futuro, a continuidade com a renovação, o velho com o novo.
Por isso quer Lobão na disputa, não outro candidato do grupo Sarney.
Com quase 80 anos, Lobão seria confrontado com a juventude de Dino. Seu
projeto representaria a continuidade, contra a renovação proposta pelo afilhado
reinaldista.
Para consolidar este embate, o
próprio ex-governador faz lobby pela
candidatura do ministro.
- O nome mais cotado
pra ser o candidato do Palácio dos Leões em 2014 é o do ministro Edison Lobão.
Pesam a seu favor a experiência política e o peso eleitoral - refletiu Tavares, em linhas
gerais, durante entrevista ao programa Avesso, da TV Guará,
semana passada.
São as pesquisas que induzem José Reinaldo a este raciocínio.
![]() |
Luís Fernando é o pior dos mundos para o projeto de Tavares |
Todos os levantamentos mostram que, em 2014, o eleitor
busca mudança e renovação no quadro político estadual. Na cabeça de
Tavares, o confronto Lobão X Flávio potencializaria este entendimento na cabeça
do eleitor.
Mas para incensar uma candidatura lobanista, o ex-governador
esconde, obviamente, um dado essencial que tem saltado em todas as
pesquisas: o fato de, além da renovação, quase 20% do eleitorado
aceita votar em um candidato indicado pela atual governadora Roseana
Sarney (PMDB).
Interpretando: o eleitor quer renovar, mas com a garantia de que seja com
a segurança de uma estabilidade administrativa.
Como sabe que no grupo de Roseana há quadros com este perfil – a exemplo
do chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva – José Reinaldo ignora o dado,
e força na “experiência e peso eleitoral” de Lobão.
Uma disputa entre Luís Fernando X Flávio Dino, na
avaliação de José Reinaldo, seria arriscada para seu pupilo.
Além de perder o discurso do “novo contra o velho” - seu principal
trunfo contra Lobão - o comunista perderia também o argumento da renovação
política, que não se explica apenas no referencial “idade”, mas também nas ideias.
Além disso, seria confrontado com a bem sucedida experiência
administrativa de Luís Fernando, já comprovada em São José de Ribamar, em
contraponto ao fato de nunca ter exercido cargo no Executivo.
O padrinho de Flávio Dino não quer, de maneira alguma, o confronto de
dois projetos novos para o Maranhão.
Ele quer, naturalmente, confrontar a nova proposta, que vê representada
no pupilo comunista, com a política tradicional incorporada na figura de Edison
Lobão.
E também
vai forçar a barra por este confronto…Fonte: Marco D'eça