Com essa realidade alarmante a cidade chamou a atenção nacional, inclusive para pesquisas tecnológicas
Imperatriz
continua sendo a cidade com maior média de pessoas com hanseníase no Maranhão e
no Brasil, todos os anos a cidade conta com cerca de 400 casos registrados da
doença, neste ano os números já passam a marca de 20 pessoas que apresentaram a
enfermidade segundo o Centro de Referência Humanizada em Dermatologia Sanitária.
A Organização
Mundial de Saúde e o Ministério Nacional de Saúde dividem o país em 10 clusters
e Imperatriz está no cluster (grupo) 1, que corresponde a localidade com maior
concentração média de pessoas com hanseníase no Brasil, área essa que engloba
os estados do Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí, e a cidade está justamente bem
no meio dessa região.
Com essa realidade
alarmante a cidade chamou a atenção nacional, inclusive para pesquisas
tecnológicas para tentar equilibrar e diminuir os casos anuais no município.
Segundo o coordenador municipal do programa de controle a hanseníase, Francisco
Cutrim, com esses auxílios tecnológicos os índices andam tendo melhor controle.
“Temos recebido auxilio do Ministério da Saúde com as pesquisas tecnológicas
moleculares que ajudaram a diminuir os índices em 1%, visto que sem ela os
números não paravam de crescer, ano após ano”.
Imperatriz recebe
pessoas não só do próprio Estado, como pacientes do Tocantins, Pará entre
outros, por ser referência na cura doença. O tratamento é feito de 6 meses a 1
ano, com acompanhamento, para não haver complicações na cura do paciente. E o
enfermo deve procurar os diversos postos de saúde ou o próprio Centro de
Referência Humanizada em Dermatologia Sanitária para se tratar.
A doença
A hanseníase é uma
doença infecto contagiosa causada por um micro-organismo chamado Mycobacterium
leprae. Sua transmissão ocorre através de doentes sem tratamento, pois
transmitem os bacilos através do aparelho respiratório superior e o bacilo se
prolifera livremente pelo ar. Os sintomas se resumem a manchas brancas ou
avermelhadas, que faz com que o doente perca sensibilidade, tenha sensação de
formigamento e dormência, em casos de atraso no tratamento podem ocorrer
deformidades na pele e até morte. A hanseníase tem cura e o SUS oferece
tratamento gratuito, e com medicações via oral.