Imperatriz tem a maior média de hanseníase do Brasil

terça-feira, 3 de abril de 2012


Com essa realidade alarmante a cidade chamou a atenção nacional, inclusive para pesquisas tecnológicas


Imperatriz continua sendo a cidade com maior média de pessoas com hanseníase no Maranhão e no Brasil, todos os anos a cidade conta com cerca de 400 casos registrados da doença, neste ano os números já passam a marca de 20 pessoas que apresentaram a enfermidade segundo o Centro de Referência Humanizada em Dermatologia Sanitária.

A Organização Mundial de Saúde e o Ministério Nacional de Saúde dividem o país em 10 clusters e Imperatriz está no cluster (grupo) 1, que corresponde a localidade com maior concentração média de pessoas com hanseníase no Brasil, área essa que engloba os estados do Maranhão, Pará, Tocantins e Piauí, e a cidade está justamente bem no meio dessa região.

Com essa realidade alarmante a cidade chamou a atenção nacional, inclusive para pesquisas tecnológicas para tentar equilibrar e diminuir os casos anuais no município. Segundo o coordenador municipal do programa de controle a hanseníase, Francisco Cutrim, com esses auxílios tecnológicos os índices andam tendo melhor controle. “Temos recebido auxilio do Ministério da Saúde com as pesquisas tecnológicas moleculares que ajudaram a diminuir os índices em 1%, visto que sem ela os números não paravam de crescer, ano após ano”.

Imperatriz recebe pessoas não só do próprio Estado, como pacientes do Tocantins, Pará entre outros, por ser referência na cura doença. O tratamento é feito de 6 meses a 1 ano, com acompanhamento, para não haver complicações na cura do paciente. E o enfermo deve procurar os diversos postos de saúde ou o próprio Centro de Referência Humanizada em Dermatologia Sanitária para se tratar.

A doença

A hanseníase é uma doença infecto contagiosa causada por um micro-organismo chamado Mycobacterium leprae. Sua transmissão ocorre através de doentes sem tratamento, pois transmitem os bacilos através do aparelho respiratório superior e o bacilo se prolifera livremente pelo ar. Os sintomas se resumem a manchas brancas ou avermelhadas, que faz com que o doente perca sensibilidade, tenha sensação de formigamento e dormência, em casos de atraso no tratamento podem ocorrer deformidades na pele e até morte. A hanseníase tem cura e o SUS oferece tratamento gratuito, e com medicações via oral.



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