Vocês
lembram daqueles consórcios premiados que movimentava milhões aqui na cidade?
Pois é, dessa vez o povo flagrou e a "conversa" foi diferente, a
população descobriu que uma loja de telhas e materiais de construção situada na
Bernado Sayão era de um dos
"caloteiros" e pegaram um caminhão retirando todo o estoque de lá na
famosa "surdinha".
Não deu outra, as pessoas foram se aprochegando e
já tentando tirar o prejuizo e algumas só para saquear mesmo foram levando o
que dava, eu vi gente carregando um pia de banheiro na cabeça gritando:
- Eu perdi 8 mil e vou tirar pelo menos um pouco
do prejuízo.
E retrucavam de longe:
- Eu também perdi 3 mil e vou pelo menos quebrar algo dessa filha da p...
Logo a polícia chegou e salvou o restante da loja
de ser saqueada e ainda fizeram os "mulas" do caminhão contratado
para levar tudo para uma cidade no Pará voltar com o que tinha sobrado para
dentro da loja e olha que tinha muita mercadoria. (coitado, tiveram dois
trabalhos e ainda passaram um susto danado).
Quando pensa que tudo estava acabado e resolvido, sai o responsável pela chave dentro do carro da polícia escoltado e 5 minutos depois, a "festa recomeça", a população que tinha ficado (curiosos, prejudicados, arruaceiros e saqueadores) começa a se movimentar em direção a loja armados de porretes e pedras e um pé de cabra que havia sido saqueado anteriormente, arrombam a loja e várias pessoas adentram ao estabelecimento e começam um novo saque.
Dez minutos depois de a festa começar volta à
polícia e o primeiro carro da policia que chega, vai logo dando 3 tiros de
advertência para o alto, enquanto as pessoas ainda correm de dentro da loja com
o que podem na mão. Ninguém foi preso, mas acho que tudo isso que aconteceu
dando esse pequeno, quase irrisório prejuízo para a proprietária da loja vai
somente acalmar um pouco a situação, pois a população vai achar que esta de bom
tamanho e vão dizer que ela mereceu (também acho), mas espero que sinceramente
nossa justiça funcione e consiga prender os verdadeiros culpados disso tudo.
por Daniel Sena