Apesar de Jair Bolsonaro (PL) ter alcançado mais de 800 mil votos no Maranhão em 2018, não há nenhum autodeclarado deputado conservador entre 18 deputados federais e 42 deputados federais maranhense, o “conservador raiz”. Mesmo com uma quantidade de opções razoável neste ano e com a promessa do aumento da votação do presidente, há o risco de que mais uma vez o eleitor fique sem um representante para defender suas bandeiras nos próximos quatro anos. A única saída para a eleição é a união entorno de uma única candidatura.
Nas eleições deste ano cerca de 10 candidatos apresentam-se como solução a resolução do problema. Entre os mais famosos, estão Coronel Monteiro e Pastor Silvio Antonio (ambos do PL), Allan Garcês (PP), Mariana Carvalho e Flávia Berthier (as duas do PSC).
Eleição de Mariana Carvalho possui as melhores condições entre os demais candidatos bolsonaristas raiz |
Por conta das composições partidárias e da lei eleitoral, Monteiro, Silvio Antonio e Garces precisariam superar a barreira dos 130 mil votos para assegurar a vaga. Nas últimas três eleições, apenas em 6 vezes candidatos conseguiram superar esta marca.
O PL deve eleger 3 deputados federais. Contudo, nenhum deles deve ser bolsonarista. Além de Josimar de Maranhãozinho e da esposa, Detinha, ainda disputam os deputados de mandato Pastor Gil e Junior Lourenço. Também figuram entre os concorrentes o vereador Humbelino Jr e Paulo Marinho Jr. A situação de Coronel Monteiro e Silvio Antonio é muito delicada e uma votação razoável pode não eleger nenhum dos dois, mas garantir mais aliados de Josimar eleitos.
Allan Garcés conta com menos concorrência no próprio partido, o PP. No entanto, a legenda deve eleger apenas um representante. André Fufuca, presidente da legenda no estado, é visto como favorito. Além de superá-lo, Garcez também precisaria ter votação maior que Amanda Gentil, filha do prefeito de Caxias, Fabio Gentil. A cidade é a quinta maior cidade do estado e a campanha dos Gentil é uma das maiores da região.
POSSIBILIDADES
Entre os candidatos bolsonaristas, Mariana Carvalho e Flávia Berthier foram as que escolheram melhor o partido para a disputa da eleição. O PSC, que faz parte da base de apoio do presidente, conta com apenas um deputado federal de mandato e não tem nenhum supercampeão de votos como que ultrapassa a barreira dos 110 mil votos, como no PP e PL. Dessa forma, contando com os outros 18 candidatos da chapa, uma votação de 80 mil votos é suficiente para disputar a vaga.
Entre as duas, Mariana Carvalho já possui experiência de ter participado de eleições em 2018 e 2020. Ela foi a primeira candidata bolsonarista a atingir um nível de volume de campanha nas ruas e foi responsável, sozinha, pela criação do primeiro comitê de apoio a Bolsonaro no Maranhão.
Enquanto Flávia Berthier tem dificuldades pela falta de experiência, Mariana Carvalho já percorre por duas, três cidades desde o primeiro dia da campanha. Nas redes sociais, Mariana Carvalho, que ocupou posto no governo federal durante a gestão de Jair Bolsonaro, também se destacada pela defesa do presidente.
Em relação às estratégias, enquanto Flávia Berthier prefere o ambiente virtual e a conquista dos votos de bolsonaristas já definidos, Mariana Carvalho costuma fazer suas passeatas e ações em cidades onde o presidente realmente precisa de apoio. A atitude também se mantém distante das intrigas comuns a lideranças bolsonaristas da capital maranhense.
Neste aspecto, a possibilidade de sucesso na campanha de Mariana Carvalho, por sua organização e desenvoltura, é bem maior. E uma das poucas possibilidades de eleição de um deputado bolsonarista no estado pode ser a união do eleitor no entorno de Mariana Carvalho.
Reprodução: Blog Gilberto Leda