Na primeira entrevista depois de anunciar que vai mudar de partido, do MDB para o DEM, o prefeito Assis Ramos informou que pensa mais nas soluções aguardadas por Imperatriz do que nele próprio e no seu futuro. Ele explicou que não está rompendo com ninguém, pelo contrário, está reposicionando e fortalecendo Imperatriz no atual mapa político do Brasil.
Portal: O senhor considera que o MDB se exauriu e não tem mais condições de lhe proporcionar condições eleitorais favoráveis?
Assis: Não é bem assim, porque se você analisar bem, fui eleito pelo MDB quando as condições eram muito menos favoráveis. Eu não tinha história política, nem grupo, nem estrutura e comecei a campanha sem ser conhecido por muito mais da metade da população. O então PMDB era forte lá fora, mas fraco em termos de Imperatriz; seria a quarta força, inclusive não foi a minha primeira opção partidária. Hoje, em termos de Imperatriz, o MDB seria forte, porque está numa Prefeitura bem avaliada, mas eu penso é pela cidade, e miro nas conjunturas externas que podem nos proporcionar soluções que são inadiáveis.
Portal: O senhor rompeu com seus ex-parceiros, como Roseana, Lobão, João Alberto e João Marcelo?
Assis: Em absoluto. Continuo amigo e grato, da mesma forma que sempre fui amigo de tantos outros políticos que nunca foram correligionários, mas que sempre se dedicaram a Imperatriz, como o senador Roberto Rocha (PSDB) e o deputado Cleber Verde (PRB). Esse meu movimento visa realinhar Imperatriz com as forças resolutivas da política nacional. Imperatriz em primeiro lugar, depois vêm os outros interesses, inclusive os que dizem respeito à minha decisão ou não de disputar uma reeleição.
Portal: O DEM é da base aliada do governador Flávio Dino. Isso significa que o senhor vai aderir à corrente comunista que hoje comanda o Estado?
Assis: De forma alguma. Observe que o DEM foi um aliado circunstancial na reeleição do governador, mas no cenário nacional DEM e PCdoB são antagônicos. Além disso, as soluções que Imperatriz necessita estão todas na esfera federal. Nós nunca vamos receber do estado aquilo que esperamos e necessitamos para a saúde e infraestrutura. Fui muitíssimo bem acolhido pelos ministros do novo governo (Saúde, Luiz Mandetta; Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e Agricultura, Tereza Cristina), pelo presidente nacional do partido, prefeito de Salvador, ACM Neto; pelos presidentes César Maia e Davi Alcolumbre, da Câmara e do Senado, e pelas lideranças estaduais lideradas pelo deputado Juscelino Filho que, por sinal, é líder da bancada federal do Maranhão. Imperatriz passa a se sentar na mesa das grandes decisões e ganha espaço para discutir suas carências no melhor fórum.
Portal: E qual o cenário que o senhor quer montar para as eleições do ano que vem?
Assis: Não é essa a pauta deste ano. Nós temos que pensar com muita intensidade é num 2019 proveitoso para Imperatriz e nisso eu já estou sendo apoiado pelo DEM em diversos projetos, principalmente no campo da Saúde. Tenho o Socorrinho para ser reconstruído e o Socorrão para ser definitivamente estruturado. Atentem que só a um fato real, que é o de uma cidade com recursos para 250 mil habitantes e obrigação para atender doentes de uma região que soma 1,3 milhão de pessoas. A solução está em Brasília e as portas se abriram para Imperatriz. É nessa porta que estou entrando. Quanto à eleição do ano que vem, ela vai ser só no ano que vem. Ela vai ser pauta das minhas preocupações somente depois que 2019 acabar.
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