E com a anuência, ou pelo menos o silêncio sepulcral, do governador Flávio Dino, o “parquinho” segue pegando fogo no Governo do Maranhão.
Nesta quarta-feira (25), o deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) voltou a utilizar a Tribuna da Assembleia Legislativa e não deixou barato as ofensas proferidas pelo secretário de Segurança, Jefferson Portela.
Cutrim disse que o colega de partido, ambos do PCdoB, é um psicopata e sem nenhuma condição de permanecer no cargo que ocupa.
“É um psicopata. É uma questão de preocupação pública. Mais de 10 partidos e a sociedade organizada pedem a intervenção federal na Segurança do Maranhão. Há um clamor de preocupação em relação ao pleito eleitoral que se aproxima. Questiono senhores deputados, galeria, imprensa, se esse senhor tem condição de permanência no cargo de secretário? Tem a condição de imparcialidade administrativa dos conflitos, dos interesses contrariados de nossa gente? Não tem”, afirmou o parlamentar.
Raimundo Cutrim também demonstrou muita decepção e revolta com o episódio de que Jefferson Portela teria supostamente pressionado um policial militar para incriminá-lo. O parlamentar novamente questionou se Portela teria condições de permanecer no cargo.
“Um oficial de polícia baixaria uma circular para investigar adversários do governo sem o conhecimento de seu comandante maior, que é o Secretário de Segurança? Um Secretário de Segurança sério, equilibrado e isento, não comandaria uma investigação forçada, forjada para atingir os seus desafetos. Portanto, o que questiono é se esse senhor deve permanecer no cargo?”, declarou.
Cutrim encerrou dizendo que nem a Assembleia Legislativa e nem o Governo Flávio Dino podem compactuar com essas atitudes de Jefferson Portela. O parlamentar voltou a pedir que os colegas assinem a CPI para investigar os escândalos na área da Segurança.
“A Assembleia não pode compartilhar com esse desmando. O Governo do Estado não pode se isentar de providências para uma questão tão séria. O gestor de segurança, para a tranquilidade do Estado, não pode permanecer. É um psicopata. O que ele colocou, depois tirou e voltou de novo a me atingir pessoalmente. Vejam a patacoada que ele fez com a delação premiada do policial Paiva foi tão grande, que ele estava presente sendo testemunha de acusação, pressionando a pessoa para incluir pessoas que nem lá estavam e nem estão e nunca estiveram. Isso é um absurdo. Comprometeu três procuradores de justiça sérios. O que ele estava fazendo sábado na Procuradoria da República, conversando com uma pessoa que queria fazer uma delação penal forçada, pressionada, ele sendo testemunha de defesa? Isto é gravíssimo. E esta Casa, nós não podemos, de maneira nenhuma, deixar isso passar em branco. Isso atingiu o parlamento. Nós temos que assinar esta CPI para que possa se esclarecer todos esses fatos”, finalizou.
E assim segue o Governo Flávio Dino. Agora é aguardar e conferir o próximo capítulo.