Filho é preso acusado da morte do pai ex-prefeito Nenzim em Barra do Corda

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

A polícia prendeu na manhã de hoje o ex-candidato a prefeito de Barra do Corda Manoel Mariano de Souza Júnior, o Júnior do Nenzim (PV).


Ele é acusado da morte do pai, o ex-prefeito Nenzim. O crime ocorreu na quarta-feira (6) e tem relação, segundo a policia, com venda de gado.

A prisão estava decretada desde ontem (7) e a polícia se preparava para capturá-lo após uma missa de corpo presente – em homenagem ao líder político morto – mas o principal acusado pelo assassinato soube que detido e fugiu antes do fim da cerimônia.

Júnior foi levado a prestar depoimento na delegacia de Barra do Corda.


Depoimento

Em entrevista ao Jornal Pequeno, o secretário de Estado da Segurança Pública, Jefferson Portela, deu alguns detalhes sobre o primeiro depoimento de Júnior do Nenzim, ainda no início da semana.

Jefferson Portela disse ao JP que, ao contrário da versão contada por “Júnior”, o ex-prefeito foi morto dentro do carro, e não fora. Um terceiro vaqueiro, também do grupo de ladrões de gado de “Júnior do Nenzim”, é procurado pela polícia.

Jefferson Portela garantiu ao JP que o caso está elucidado, só faltando realizar a prisão de “Júnior do Nenzim”. Maiores detalhes do caso devem ser apresentados pela polícia, provavelmente nesta sexta (8). Para a polícia, foi próprio “Júnior” quem atirou no pai, dentro do carro, com um revólver calibre 38, ainda não apreendido.

Versão

Ao ser ouvido pela polícia, “Júnior do Nenzim” disse que o pai havia sido morto por dois pistoleiros que estavam numa moto. No entanto, o secretário de Segurança afirmou que não há dúvidas sobre a autoria, que, segundo Portela, “está comprovada pelo conjunto probatório de fartos indícios e exames periciais”.

Desde o início da investigação, a cúpula da Polícia Civil maranhense estranhou que os supostos pistoleiros não tivessem executado também o filho de “Nenzim”.

Sem a ajuda de imagens de câmeras ou de testemunhas que tivessem presenciado o assassinato, a polícia se deteve especialmente no depoimento de “Júnior do Nenzim”, que dirigia a picape Ranger ocupada pelo pai momentos antes de ser morto a tiros.

Segundo contou “Júnior do Nenzim” a dois delegados que o ouviram, ele e o pai, que se dirigiam a um encontro na casa de um advogado, trafegavam no perímetro urbano de Barra do Corda, quando “Nenzim” pediu para o filho parar o veículo, pois queria urinar. “Júnior” contou que quando o ex-prefeito estava urinando, com a cabeça baixa, surgiram dois homens numa moto, sendo que o “carona” sacou de uma arma de fogo e atingiu “Nenzim” na nuca. O único alvo foi “Nenzim” – “Júnior” não foi ferido.

Situações intrigantes

O JP apurou que duas situações no relato de “Júnior do Nenzim” intrigaram a polícia: o fato de que “Júnior” não teria levado, imediatamente, o pai para ser socorrido na UPA (ele teria passado antes por dois locais) e o motivo pelo qual ele teria mandado lavar a picape, poucos momentos após o homicídio, antes de o veículo ser periciado pela Polícia Civil.

(Com informações do Jornal Pequeno)
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