A informação foi confirmada pelo próprio Madeira que ontem aguardava apenas a execução das formalidades legais para que houvesse a indicação para a nomeação da comissão interventora que cuidará da reestruturar o partido e estabelecer seu novo caminho no Estado.
Com a intervenção o PSDB sai oficialmente do arco de apoio do governador Flávio Dino (PC do B) para conduzir um projeto próprio que terá o senador Roberto Rocha como candidato a governador em 2018.
Coube ao ex-prefeito Madeira o protagonismo de intentar perante a Executiva Nacional o pedido de intervenção no Maranhão. O ex-prefeito, é um dos fundadores do partido no Maranhão e por ele já foi quatro vezes deputado federal e duas vezes prefeito. Como dirigente partidário presidiu por dois mandatos o Instituto Teotônio Vilela (ITV) o órgão nacional de formação dos tucanos. Madeira continua membro da Executiva Nacional do PSDB.
Na representação, endereçada ao senador Tasso Jeiressati, atual presidente da Executiva Nacional do PSDB, Madeira fundamentou o pedido no fato do então comando do partido no Estado não comungar com o projeto da candidatura própria e sim, se manter atrelado ao projeto de reeleição do atual governador que declaradamente segue o projeto nacional do seu partido de apoiar o ex-presidente Lula em 2018. Dessa forma, o PSDB que tem o projeto de voltar a governar o Brasil ficaria sem palanque no Maranhão.
Assinalou ainda Madeira que a direção do PSDB encabeçada pelo vice-governador Carlos Brandão defende publicamente a manutenção da aliança com o PC do B.
A tese da intervenção no PSDB do Maranhão se fortaleceu depois da filiação do senador Roberto Rocha no dia quatro de outubro em Brasília, com a presença das principais lideranças nacionais do tucanato como Tasso Jeiressati, os governadores Marconi Perillo (GO) e Geraldo Alckmin (SP) além de ministros de Estados e deputados federais.
“O objetivo deste ato {filiação de Roberto Rocha} além de trazer para o PSDB um senador cuja atuação é feita em sintonia com o ideário do partido, é a formatação de um projeto de poder bo Estado do Maranhão. A construção de uma candidatura própria a governador e a disponibilização de um palanque para dar suporte ao projeto nacional do partido”, argumentou Sebastião Madeira.
Madeira enquadrou o pedido de intervenção no artigo 136 do Estatuto do Partido que estabelece, entre outras regras que os órgãos superiores do partido podem intervir para manter a integridade partidária, preservar a linha política fixada pelos órgãos competententes e as normas estatutárias, Impedir acordo ou coligação com outros partidos em desacordo com as normas superiores.
Segundo o ex-prefeito é evidente que não corresponde com a linha política da Comissão Executiva Nacional do PSDB para o ano de 2018 apoiar candidaturas que não estejam alinhada com o projeto nacional do partido que é o de eleger o presidente da República, como é o caso do Maranhão.
Prosseguiu Madeira na argumentação dizendo que não há duvida de que a situação política em que o PSDB do Maranhão se encontrava estava fadada ao fracasso e que não resistiria sequer a uma crítica ideológica “pois não há ideologia em continuar alimentando a candidatura do PC do B que vive do apoio de Lula, do PT”
Para Sebastião Madeira é preciso resgatar a linha política do PSDB de forma a impedir acordo, ou coligação com o partido que seja absolutamente incompativel ideologicamente com seus os projetos.