Dono do IDAC diz à PF que secretário sabia do esquema de corrupção no governo Flávio Dino

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Em depoimento à Polícia Federal (veja abaixo), o dono do Instituto de Desenvolvimento e Apoio a Cidadania-IDAC, Antônio Aragão, confessou que o secretário de Saúde do Estado, Carlos Lula, sabia do esquema de pagamentos à funcionários fantasmas.

Em outro trecho do depoimento, Aragão afirma que chegou a reclamar por diversas vezes para Carlos Lula sobre tais pagamentos indevidos.

Ao ser questionado sobre os repasses ilícitos, Aragão detalhou como funcionava e disse que fazia pagamentos a pessoas que não trabalhavam nas unidades hospitalares e que os pedidos chegavam da SES por meio de ofícios e e-mails.

O dono do IDAC revela que os e-mails partiam do setor de Redes de Serviços da Secretaria de Saúde e que eram assinados pelos seus titulares. Isso ocorreu durante os anos de 2015, 2016 e 2017.

Esquema

No dia 16 de novembro, a Polícia Federal desarticulou um esquema criminoso que vinha atuando na Secretaria de Saúde do Maranhão desde 2015. Foram descoberto mais de 400 servidores que não tinham vínculo empregatício com os Institutos recebendo super salários.

O esquema chegou a usar uma “sorveteria” para emitir notas frias com o intuito de desviar recursos públicos.

Procurado pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que Rosângela Curado era prestadora de serviços no Cemesp, em Imperatriz, e não exercia atividades de direção e gestão da unidade. A SES esclarece que, a partir da prestação destes serviços, a unidade passou a ofertar maior número de procedimentos aos usuários, em comparação ao contrato de serviços com o grupo médico anterior.

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