"Brasileiro não tolera corrupção", diz Raquel Dodge ao tomar posse na PGR

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ao lado de autoridades investigadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República), a nova procuradora-geral Raquel Dodge, 56, afirmou em seu discurso de posse, nesta segunda-feira (18), que o povo brasileiro "não tolera a corrupção" e pediu harmonia entre os poderes.

"Quarenta e um brasileiros assumiram este cargo [procurador-geral]. Alguns em ambiente de paz e muitos sob intensa tempestade. A nenhum faltou a certeza de que o Brasil seguirá em frente, porque o povo mantém a esperança em um país melhor, interessa-se pelo destino da nação, acompanha investigações e julgamentos, não tolera a corrupção e não só espera, mas também cobra resultados", afirmou Dodge.

Ao se referir a corrupção, Dodge citou uma frase do papa Francisco. "O Papa Francisco nos ensina que a 'corrupção não é um ato, mas uma condição, um estado pessoal e social, no qual a pessoa se habitua a viver. O corrupto está tão fechado e satisfeito em alimentar a sua autossuficiência que não se deixa questionar por nada e ninguém'", citou Raquel. Em seguida, ela afirmou que é necessário "coragem" do Ministério Público para "zelar pelo bem comum".

"O país passa por um momento de depuração", afirmou. "Os órgãos do sistema de administração de Justiça têm no respeito e harmonia entre as instituições a pedra angular que equilibra a relação necessária para se fazer justiça em cada caso concreto", disse.

A nova procuradora-geral também afirmou que cabe ao Ministério Público defender a democracia, os direitos humanos e o meio ambiente. "E garantir que ninguém esteja acima da lei e ninguém esteja abaixo da lei", finalizou.

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