A ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), foi novamente denunciada pelo promotor de Justiça Lindonjonson Gonçalves de Sousa, titular da 28ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, e principal responsável pela avalanche de movimentações contra a peemedebista na Justiça. Nos bastidores, há fortes comentários de que ele seja ligado a agentes do PCdoB, ao próprio governador Flávio Dino e de que estaria a serviço do Palácio dos Leões por orientação dos comunistas.
Lindonjonson nega as três coisas. “Quem faz alvoroço é a mídia. Eu só faço o processo. A questão com Flávio Dino é de quem quer a cadeira dele. Sou funcionário público. Gostaria de fazer mais…”, se defende.
De acordo com a denúncia — que não é nova, pois a ex-governadora já foi citada nela no âmbito da Lava Jato —, Roseana e outras 11 pessoas são acusadas de pagamento “fora da ordem legal do precatório” ao consórcio Constran/UTC, mediante recebimento de “vantagem financeira pessoal”. Em troca do repasse de R$ 33 milhões para a Constran/UTC, segundo o Parquet, a ex-governadora teria recebido a propina de R$ 3 milhões. Procurada pela reportagem, ela não retornou.
Somente nos últimos meses, Lindonjonson Sousa, que avalia demandas de direito administrativo e civil, atuou, inclusive, em ações contra Roseana Sarney em pelo menos duas Varas Criminais.
Apesar de garantir que gostaria de fazer mais pelo patrimônio público e probidade, a força de vontade do promotor não é enxergada quando supostas irregularidades são praticas pelo atual governo.
E são vários os casos, até mesmos semelhantes aos do governo anterior, que revelam isso.
Desde que Flávio Dino chegou ao comando do Executivo, o governo já se envolveu em vários casos suspeitos, como o recebimento de propina para liberar pagamentos a uma empresa que prestava serviços para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc); a contratação de empresas apontadas pelo próprio Ministério Público como fantasmas, de fachada e até com envolvimento na Máfia da Agiotagem; e o célebre caso do aluguel camarada, escândalo mais recente.
As duas primeiras situações, até onde se sabe, foram solenemente ignoradas por Lindonjonson Sousa. Já a última, mais recente, foi meio-resolvida em uma audiência de conciliação. “Os procedimentos tem prazo para conclusão. (…) Aurora é um caso desse ano. Ainda em tramitação”, garante o promotor.