A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, determinou ontem (19) a criação de uma comissão de sindicância para esclarecer se houve vazamentos na divulgação de atos processuais do ministro Edson Fachin, relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.
O tema foi discutido ao longo dos últimos dias entre Cármen, Fachin e o secretário de Tecnologia da Informação do STF, Edmundo Veras dos Santos Filho. Uma das preocupações dentro da Corte é com a segurança do sistema. A comissão de sindicância deverá entregar um relatório dentro de 30 dias.
No Maranhão, surgiu ainda na semana passada a suspeita de que a decisão do relator da Lava Jato em relação ao governador Flávio Dino (PCdoB) tenha vazado.
O levantamento do sigilo das decisões do ministro Fachin ocorreu apenas no dia 4 de abril, quando ele assinou eletronicamente os despachos. O comunista Maranhense, no entanto, apresentou na semana passada uma certidão do dia 17 de março para contestar conteúdo da delação que o envolve.
Também na semana passada deputados de oposição chegaram a anunciar uma ação cobrando a investigação desse vazamento específico.