Um princípio de tumulto gerado por um único vendedor ambulante, dentre os mais de 300 notificados pela Prefeitura de Imperatriz, alterou a rotina da Praça de Fátima, ontem. Exaltado, ele ameaçou de morte fiscais que removiam os vendedores para uma área do Calçadão, foi levado para a Delegacia de Polícia e, mais tarde, voltou para a mesmo local, e continuou na sua atividade ilegal.
A Praça de Fátima vem sendo desfigurada pela atividade ilegal dos vendedores de todos os gêneros e, infiltrados a eles, até vendedores de drogas. No final do ano passado, segundo registros da Secretaria de Planejamento Urbano, representantes da Catedral de Fátima, cujo caminho é obstruído pelas bancas de todos os gêneros, solicitaram ajuda.
O secretário da SEPLU, Fidélis Uchoa, que acompanhava a operação, disse que não é objetivo da Prefeitura prejudicar quem quer que seja. "Queremos é ajudar a cidade como um todo. A rua não é propriedade de um só, nem pode ser tomada por uma banca de frutas sob o argumento de que uma determinada pessoa precisa trabalhar. Pode-se trabalhar de forma legal, licenciada. A rua é de todos"- argumentou.
Segundo Uchoa, mais de 300 ambulantes entenderam e aceitaram ser removidos. “Estamos falando da porta do nosso principal monumento católico, para onde se direcionam, em vários períodos do dia, senhoras, idosos e crianças. Esses caminhos não podem estar obstruídos por um comércio não licenciado. Ainda mais porque se sabe que, desse tumulto, os traficantes tiram proveito. Imperatriz tem que virar a página e se entender como uma cidade grande e ordenada”- sugeriu o titular da SEPLU.
Somente o homem que acabou detido se exaltou. Setores das mídias sociais que se posicionam politicamente contra o prefeito Assis Ramos trataram de "sensacionalizar" o episódio e estimularam o ambulante violento a retornar ao mesmo local. Fidelis Uchoa diz que foi orientando a não polemizar. "A grande maioria das pessoas sabem o que é bom para a cidade e é aconselhável que as demais reflitam. Mas é bom que todo mundo saiba que esta gestão é pela moralidade"- disse.
O Código de Posturas do Município, espécie de constituição municipal, determina que se recolham mercadorias que estejam sendo vendidas sem licença e em locais impróprios. "Os demais ambulantes aceitaram a mudança de área. O que ficou, sob proteção de quem não quer a cidade ordenada, vai ser objeto de nova estratégia, porque o nosso foco é a cidade organizada e preservada para os seus cidadão"- finalizou Uchoa.