Uma série de denúncias levantadas por vereadores sobre a comercialização de casas populares de programas habitacionais do governo federal, destinadas a pessoas de baixa renda, será alvo de investigação por uma comissão a ser instalada pela Câmara Municipal de Imperatriz.
Os vereadores Rildo Amaral (Solidariedade), Alberto Sousa (PDT), Bebé Taxista (PEN), Carlos Hermes (PCdoB), Irmã Telma (Pros), Aurélio Gomes (PT), Pedro Gomes (PSC), Ditola (PEN) e Chiquim da Diferro (PSB) levantaram várias questões no Plenário, como a venda (vedada por contrato) de casas por beneficiários dos programas, esquema clandestino de comercialização desses imóveis por terceiros, suspeitas de fraude em sorteios e até ganhadores com padrão de renda superior ao estabelecido pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
"As denúncias são gravíssimas. Temos que apurar. Muita gente procura os vereadores achando que os vereadores podem conseguir casas desses programas. Isso não acontece e devemos denunciar um esquema que existe por trás disso", denunciou o vereador Rildo Amaral.
Segundo ele, vendas de casas do programa habitacional são anunciadas até em redes sociais da internet.
O vereador Alberto Souza revelou que já recebeu denúncias nesse sentido e está investigando esses casos.
CPI
Rildo Amaral chegou a sugerir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias e adiantou que haveria número suficiente de vereadores dispostos a assinar o requerimento para instalação da comissão.
Segundo o Regimento Interno da Casa, bastariam sete assinaturas para garantir a abertura da CPI. O vereador garantiu que poderia conseguir doze assinaturas, no mínimo.
Como não há pelo menos um caso comprovado ainda, os líderes acordaram para iniciar as apurações através de uma comissão indicada pelas bancadas, ou mesmo pela Comissão do Consumidor.