O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acaba de comunicar sua renúncia ao cargo de presidente da Câmara dos Deputados.
Em coletiva, ele leu uma carta expondo os motivos da sua decisão.
Agora, o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA) tem cinco sessões para realizar novas eleições para o cargo.
Sua renúncia vinha sendo especulada nas últimas semanas. Cunha quer um acordo dos líderes para antecipar eleição da Câmara para o início da próxima semana. O nome pelo qual ele tem predileção para ocupar o mandato tampão pelos próximos meses é do deputado Rogério Rosso (PSD-DF), mas há pelo menos 12 candidatos informais na Casa para disputar o pleito.
Os boatos de que Cunha vai renunciar ainda hoje já fizeram com que deputados da Casa começassem a se movimentar. No PRB, por volta de 12h já ocorria uma reunião para articular um candidato à eleição do mandato tampão.
A decisão de enfim deixar o cargo em definitivo ocorreu em reunião na noite de quarta (6), após a divulgação do voto de Ronaldo Fonseca (Pros-DF) na Comissão de Constituição e Justiça, que acatou apenas um dos 16 questionamentos de Cunha à tramitação de seu processo no Conselho de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato.
Com a renúncia à Presidência da Câmara, Cunha acredita que pode tentar reverter votos na CCJ para fazer o caso voltar ao Conselho de Ética e, quem sabe, salvar seu mandato.