A comunidade que ocupou a área denominada “Jardim Pérola”, próxima a Vila Machado, denunciou nessa quinta-feira (31) que pistoleiros foram contratados pelo suposto proprietário para expulsar os trabalhadores que ocuparam o imóvel. A representante Marileide Cavalcante Marinho denunciou os atos de violência durante participação na “Tribuna Popular” da Câmara Municipal de Imperatriz.
Ela contou que os jagunços utilizam da violência para atacar os trabalhadores, inclusive jogando cachorros e espancando com chutes e tapas idosos e mulheres grávidas que ocupam o loteamento “Jardim Pérola”.
“Um grupo se deslocou para o 3º BPM para formular denúncia de agressão física sofrida por uma integrante do movimento, pois pretendíamos lotar a galeria dessa casa de leis, mas parte do grupo resolveu dar suporte a vítima de agressão”, justificou ela, que solicitou apoio dos vereadores para intermediar o conflito e evitar que aconteça uma tragédia na área do “Jardim Pérola”.
Marileide Cavalcante, que reside na Vila Cafeteira, garantiu que não dispõe de terreno na área ocupada, porém aceitou o convite para liderar o movimento visando intermediar o conflito em legítimo. Ela justificou que há 28 anos trabalha como liderança de bairro, mas possui dois filhos que lutam por uma área no loteamento.
A liderança comunitária solicitou ainda o apoio das autoridades competentes para que sejam sensível a causa social, devido a carência das pessoas idosas e com deficiência que necessitam de uma área para morar. “Temos pessoas doentes nesta área que começou a ser demolida, mesmo assim homens fortemente armados ameaçam a comunidade, pois essa situação mostra claramente que a época do lampião, o ‘rei do cangaço’, voltou em Imperatriz”, finalizou.