A presidente Dilma
Rousseff afirmou, nesta tarde de sábado (21/6), que foi eleita para governar de
pé e com a cabeça erguida. Acompanhada por cerca de 1.200 pessoas, ela foi
oficializada como candidata à reeleição à Presidência da República, durante a
convenção do Partido dos Trabalhadores (PT), em Brasília. O anúncio foi feito
pelo presidente da legenda, Rui Falcão. Também concorrerá a reeleição o
vice-presidente, Michel Temer.
Dilma argumentou que
não é apenas a propaganda que o partido pode fazer na tevê, mas a adrenalina
que for capaz de mostrar toda vez que sair na rua. Ressaltou que os governos
passados devoraram 60 milhões de empregos,. “Nós não. Nós criamos 11 milhões só
no período da crise”, disse. A líder do Executivo também destacou que em
administrações anteriores, em época de crise, o país sofreu com o arrocho
salarial, aumento das taxas de juros, do desemprego e venda do patrimônio
público. “A continuidade que o Brasil deseja é a continuidade das mudanças
iniciadas quando Lula assumiu o governo em 2003. O Brasil quer seguir mudando
pelas mãos daqueles que mostraram ser capazes de mudar o pais”.
Dilma Rousseff
encerrou o discurso com uma mensagem de esperança. “Com a presença e a fé do
nosso povo, nós vamos vencer de novo”, declarou.
Primeiro a discursar,
Rui Falcão saiu em defesa de Dilma, que foi hostilizada pela torcida brasileira
no jogo de abertura da Copa do Mundo. “Os xingamentos, diante de chefes de
Estados, de crianças e de famílias, deveriam envergonhar quem os proferiu. Infelizmente,
tiveram guarida entre adversários, que sonharam tirar proveito eleitoral da
falta de educação de uma certa elite”, atacou Falcão.
Michel
Temer mostrou dados de que o crescimento da classe AB aumentou de 7,6% para
12,5%, ao ressaltar que o governo de Dilma foi “para todos os
brasileiros”. “Vamos parar com essa de que foi um governo para determinada
classe. Foi um governo para todos os brasileiros, para o Brasil crescer, e foi
o Brasil que cresceu que vai eleger a Dilma”, defendeu. Ele também disse ser
uma honra para o PMDB estar ao lado da presidente. “Dizem que temos muito tempo
de televisão. Mas todo tempo é pouco para mostrar o que fizemos por esse país”.
Convidado como
dirigente de partido aliado, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, foi vaiado
pela plateia de petistas. Ele afirmou que na convenção do partido, marcada para
quarta-feira (25/6), deve ratificar aliança com Dilma Rousseff. “Fizemos uma
consulta aos diretórios estaduais e Por ampla maioria decidiu-se pelo apoio. A
convenção é soberana, mas espero que seja essa a decisão que prevaleça”,
afirmou Kassab. Em São Paulo, contudo, ele acha difícil uma aliança com o PT.
“Estamos afastados, sobretudo na capital. As nossas conversas seguem na linha
de uma candidatura própria, ou alianças com PSDB ou, ainda, com o PMDB (Paulo
Skaff)”, completou o prefeito.