O ex-deputado Chico Leitoa, vice-presidente
do Diretório Estadual do PDT, revelou em artigo divulgado no fim de semana, que
o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, tem postura “veemente” contra a “não
participação do partido na chapa majoritária” encabeçada pelo comunista
Flávio Dino.
“O
presidente Nacional do PDT reagiu e reage de forma veemente à não participação
do partido na chapa majoritária. Por ele, mesmo fora de hora, o PDT partiria
com candidatura própria no primeiro turno, até porque o partido tem um
pretendente com potencial, ou na última das hipóteses, tomaria outro caminho”,
escreveu.
Segundo Leitoa, em reunião “muito tensa”, realizada “dias atrás”,
em Brasília, Lupi cobrou dos pedetistas maranhenses uma posição firme em
relação à traição do PCdoB – que rifou o PDT da chapa para ceder a vaga ao
PSDB, com a indicação do deputado federal Carlos Brandão como candidato a
vice-governador.
“[Carlos Lupi] Solicitou tal posição dos companheiros do Diretório
Regional do Maranhão, em reunião muito tensa dias atrás em Brasília. Depois de
três horas de debate, delegamos a ele as tratativas que pudessem contornar o
grandioso problema, levando em conta o seu e o nosso descontentamento, mas
também a nossa posição/situação”, continuou.
Ainda
de acordo com o pedetista, além de haver sido rifado da chapa, o que incomoda o
partido é o fato de o PSDB haver acabado de integrar a coalizão dinista,
já indicar o vice e, ainda, tentar impor o candidato a senador – o ex-prefeito
João Castelo é o nome dos tucanos.
“Várias conversas internas apontam para um posicionamento
sintonizado com a Nacional, porém, o andamento do processo nos incomoda, pois
na contramão do nosso sacrifício, o PSDB (sim, pois ninguém é candidato de si
mesmo ou sem o aval do partido), desconsiderando toda a luta travada pela UNIÃO
com sacrifícios dos partidos aliados até então, no momento em que mais se
enaltece a sua chegada, tenta impor uma candidatura ao Senado, numa aliança que
já tem candidato, não levando em conta o acerto com sua direção nacional, e a
delicadeza da situação, que pode desmantelar tudo e redundar numa tragédia para
a oposição”, completou.