Não durou nem 24 horas a
tentativa de iniciarem um processo de impeachment contra a governadora Roseana
Sarney (PMDB). Em decisão tomada a ser publicada no Diário Oficial da Casa,
após parecer da Assessoria Jurídica da Assembleia Legislativa, o presidente
Arnaldo Melo (PMDB) arquivou o pedido protocolado ontem por Murilo Morelli do
Coletivo de Advogados de Direitos Humanos (CADHU).
De acordo com informações, a justificativa de
Arnaldo se baseará no não cumprimento da norma prevista, que exige a
apresentação de dois documentos originais referentes ao pedido e sua
sustentação, no entanto somente um original e uma xerox foram apresentados.
O presidente também
justificou que o pedido de impeachment não tem justa causa e que esta
solicitação deveria ser feita apenas em caso de extremidade, o que não ocorre
no estado, uma vez que a situação da crise carcerária e da segurança está
contornada, após anúncio de medidas emergenciais tomadas pelo governo estadual
e também por conta da presença do ministro da Justiça, Eduardo Cardozo,
representando o governo federal.
O
líder do PMDB, Roberto Costa, comemorou a decisão do presidente, “não
existe nenhuma segurança jurídica no pedido feito por um grupo de advogados de
fora do Maranhão, foi um factoide político criado com interesse eleitoreiro e
quem assinou o pedido não conhece o Maranhão, nem apresentou embasamento
suficiente para reivindicar algo, o bom senso prevaleceu”, declarou o parlamentar.
Ao receber o parecer da assessoria jurídica do parlamento estadual,
Arnaldo Melo teria convocado uma reunião com alguns deputados e estes avaliaram
como se comportar após a orientação técnica. Participaram do encontro César
Pires (DEM), Roberto Costa (PMDB), Edilázio Júnior (PV), Carlos Alberto
Milhomem (PSD), Marcos Caldas (PRTB), Alexandre Almeida (PTN), Antônio Pereira
(DEM) e Vianey Bringel (PMDB) e todos decidiram em apoiar a decisão do
presidente de arquivar o pedido de impeachment.
Procurado
para falar sobre o procedimento adotado, Arnaldo Melo não quis ainda se
pronunciar oficialmente, mas disse que sua assessoria teria constatado alguns
erros na peça e que o caminho adotado seria pelo arquivamento.
Já Edilázio,
informou que durante a reunião já tinha sido informado que os proponentes do
pedido de impeachment deveriam refazer o procedimento,“foi identificado um erro durante a apresentação do documento e
ficou decidido por arquivar”.