O
titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz, o juiz de Direito Flavio
Roberto Ribeiro Soares concedeu, desde a última quinta-feira (19), habeas
corpus ao ‘playzinho’
Gessé Sabino Leite Filho, o ‘Gessezinho’.
Ele é
acusado pelo Ministério Público do Maranhão (MP/MA) de atropelar
intencionalmente os estudantes Davison de Jesus Almeida e Rebecca Duarte Cordão
– estudante de medicina em São Luís, na saída de uma boate, no dia 26 de
janeiro deste ano, em Imperatriz.
Ele estava preso preventivamente desde o
início de fevereiro, por tentativa de duplo homicídio, após tentar fraudar
provas e fugir do Estado.
- Se o
que considero certo não bate com a opinião pública, eu cumpro o meu papel. Não
me pauto pela repercussão. Não almejo ter manchete favorável. Sou um juiz
constitucional. Não me considero um juiz pautado pelo que vai dizer o jornal do
dia seguinte, que aguarda uma manchete favorável – inicia o juiz em sua
decisão, em alusão ao ministro Luís Roberto Barroso.
Segundo o MP/MA, que pede 24 anos de prisão
para o acusado, ficou comprovado por meio de imagens de câmeras de segurança,
que ele jogou o veículo que conduzia, uma Pick-up Mitsubishi Outlander placas
NHN-3077 Imperatriz, propositalmente em direção à Davison – que teve
escoriações pelo corpo – e Rebecca – que fraturou a bacia e sofreu traumatismo
craniano.
Embora Gessé Leite seja reincidente no crime,
já que em 2008 ele – dirigindo bêbado – invadiu uma preferencial em um bairro
de Imperatriz e atropelou e matou o estudante Rogério Alves Lima Filho, o
‘Rogerinho’, o titular da 3ª Vara Criminal da Comarca de Imperatriz determinou
a sua soltura imediata do jovem de alta condição financeira.
Na época em
que atropelou Rogério Filho, apesar da gravidade do caso, Gessé chegou receber
a condenação de prestação de serviço à comunidade. A decisão judicial é
semelhante ao que tentou fazer a
juíza de Paço do Lumiar, Vanessa Clementino Sousa, com
Diego Anderson Silva Caminha, genro de um dos presidentes da Câmara Municipal
de São Luís, vereador Isaías Pereirinha (PSL), também já solto – pela
desembargadora Maria dos Remédios Buna Magalhães, apesar de ter matado um homem
após tentar fazer uma ultrapassagem perigosa quando também dirigia bêbado.