Adriano Sobrino (o cabeça do esquema) |
A Secretaria de Segurança Pública (SSP)
apresentou na tarde desta segunda-feira (3), os mentores da quadrilha
responsável pela tentativa de fraudar o concurso público realizado neste pelo
Governo do Estado, último final de semana, na área de segurança.
Os secretários de Estado de Segurança
Pública, Aluísio Mendes, e o de Gestão e Previdência, Fábio Gondim,
participaram da entrevista coletiva à imprensa.
Segundo Aluizio Mendes, toda ação dos
envolvidos na tentativa de fraudar o concurso foi acompanhada pela polícia. A
possibilidade de ter havido fraude no certame foi totalmente afastada, foi o
que garantiu as autoridades.
A policia conseguiu identificar e prender
todos os candidatos que seriam beneficiados. O diretor de qualidade da
Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição responsável pelos Concursos da área
da Segurança no Maranhão, Francisco Torres, afirmou também que não houve
contaminação.
As investigações do Serviço de
Inteligência da SSP e da Polícia Civil resultaram na identificação e prisão de
Antonio Ferreira Lima Sobrinho, segundo a polícia, o líder do bando, e Wemerson
Abreu Castro.
Os dois são apontados como mentores da
tentativa de fraude na prova do Concurso Público das Policias Civil, Polícia
Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
Antonio Ferreira já teria participado
de dezenas de concursos públicos em outros estados, onde, mediante métodos
fraudulentos, conseguiu ser aprovado.
O núcleo de inteligência da SSP já
tinha conhecimento da intenção de fraudar o certame maranhense e iniciou às
investigações há cerca de 30 dias até que se comprovasse a efetivação do crime
para decretação da prisão em flagrante.
Antonio Ferreira Lima Sobrinho foi preso
em Caxias, local escolhido por ele para realização da prova, pelos crimes de
formação de quadrilha, tentativa de fraude e falsidade ideológica. Ele
usou o nome falso de Samuel Fernandes de Carvalho para tentar fazer a prova da
PM.
Já Wemerson Abreu Castro ficava
encarregado de coordenar as ações fraudulentas em São Luís, além de cooptar uma
série de pessoas para participar da fraude.
Antonio Ferreira se inscreveu para
participar das provas da Policia Militar e Civil. Ao todo, 14 pessoas
foram autuadas e presas pela polícia, 11 na capital e três em Caxias.
Cada um dos beneficiários, para lograr
êxito de forma fraudulenta na PM, pagaria a quantia de R$ 15 mil, sendo 50%
antes de realizar a prova e o restante posteriormente.
De acordo com Secretário Aluísio
Mendes, todos os envolvidos na tentativa de fraude foram sumariamente
eliminados do concurso. Antonio já foi aprovado 16 Concursos Públicos.