Tem um dado que consta na última pesquisa, sobre o quadro
eleitoral em São Luís, que o presidente da Embratur e cria política de José
Reinaldo Tavares, Flávio Dino (PCdoB), deveria analisar com cuidado e até
colocar sua barba de molho.
Trata-se
do índice rejeição. Na campanha de 2008, quando Dino perdeu no segundo turno
para João Castelo, sua rejeição oscilou entre o mínimo de 3,9% e máximo de
4,3%, de acordo com números de pesquisas feitas pela Escutec naquele ano.
Conforme
consta na última pesquisa do mesmo instituto, Flávio Dino chega hoje à marca
assustadora – para quem nunca administrou qualquer cargo de relevância para a
municipalidade – de 9,2%.
Ele
consegue ser mais rejeitado do que Haroldo Sabóia (5,7%) e Marcos Silva (5,1%).
Dentro
de uma margem de erro, é possível concluir que hoje Flávio Dino goza de uma
rejeição eleitoral igual a do então candidato João Castelo, que, em agosto de
2008, era rejeitado por 11,6%.
É
sem dúvida uma rejeição considerável para um nome considerado leve por grande
parte dos analistas políticos. Claro que é compreensível que quanto mais o
político milita na área, mais sua rejeição tende a aumentar.
Mas
isso ocorre normalmente quando o político se elege, sobretudo para cargos
executivos, o que não é o caso de Flávio Dino. Muito pelo contrário. O
comunista tem estado numa posição muito confortável na condição de opositor ao
governo do Estado e ao Município e, além disso, num cargo que não desagrada
ninguém da municipalidade.
O
que estaria por trás dessa rejeição? Sua posição de ficar sempre em cima do
muro quando aliados seus, por exemplo, tomam decisões contrárias ao seu
discurso? A inexpressividade, para a municipalidade, do cargo que mantém no
Governo Federal?
O
certo é que essa rejeição precisa ser observada com muito cuidado por Flávio
Dino. Tem alguma coisa errada que não está certa.
Fonte: Matias Marinho